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MP-BA DENUNCIA DELEGADA DA POLÍCIA CIVIL E MAIS TRÊS PESSOAS POR SUSPEITA DE ENVOLVIMENTO COM GRUPO DE ROUBOS E CLONAGEM DE VEÍCULOS

Armas, documentos, placas adulteradas e outros materiais foram apreendidos na Operação Dublê — Foto: Divulgação/PRFO

Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), ofereceu ontem, dia 22, denúncia contra uma delegada de Polícia e mais três pessoas envolvidas na “Operação Dublê”, que investigou a existência de grupo criminoso especializado na prática de delitos de furtos, roubos e clonagem de veículos, cujo líder mantinha relação próxima e duradoura com a delegada.


Além da condenação dos acusados pelos crimes, o MP ainda requereu a manutenção da prisão preventiva da pessoa que exercia a coordenação das atividades ilícitas, que já se encontra detida desde a deflagração da operação, no dia 07 de julho de 2021, quando a delegada foi afastada judicialmente do cargo.


Segundo a denúncia, a delegada se utilizava das prerrogativas do cargo e da influência que gozava na Polícia Civil para garantir a impunidade do grupo criminoso e facilitar a execução e proveito dos crimes. Na denúncia, os promotores apontaram que o líder do grupo já tinha histórico criminal na prática de furtos, roubos, receptação e clonagem de veículos automotores, e ainda assim conservava um forte relacionamento com a delegada.


A denúncia afirma ainda que a delegada chegou a falsificar documentos de terceiros, para possibilitar a devolução ilegal de um carro clonado apreendido pela polícia com membros quadrilha, além de ter introduzido uma pessoa ligada à quadrilha no ambiente da Polícia, acompanhando-a, como se fosse policial, portando armas e auxiliando-a nas ações de favorecimento ao grupo criminoso.


A “Operação Dublê” foi realizada pelos Ministérios Públicos da Bahia e São Paulo, em conjunto com a Corregedoria da Polícia Civil da Bahia e Polícia Rodoviária Federal.


O MP-BA não divulgou o nome da delegada, mas conforme apurado pela reportagem da TV Bahia, a delegada referente ao caso é Maria Selma Pereira Lima, ex-diretora do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP). As identidades das outras pessoas também não foram reveladas.


Por telefone, ela informou que não sabia da denúncia e que iria procurar os advogados para saber mais informações.


Em 2020 o Ministério Público iniciou apurações de denúncias contra ela. Maria Selma foi investigada como suspeita de chefiar uma organização que cometia crimes contra o patrimônio e tráfico de drogas na Bahia.

Foto: Divulgação/PRF


Blog do Zé Carlos Borges 

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