Decisão ocorreu nesta terça-feira (3). Disputa entre sanfoneiros começou quando Renato Cigano foi até delegacia de Senhor do Bonfim para reivindicar posse do instrumento
A Justiça de Senhor do Bonfim determinou que uma sanfona que estava em disputa após ter sido apontada como roubada seja devolvida para o dono. Com a decisão, que ocorreu na manhã desta terça-feira (3), o músico suspeito de comprar o instrumento roubado foi condenado. A sentença, no entanto, cabe recurso.
A decisão ocorreu durante uma audiência no juizado Especial Criminal de Senhor do Bonfim e foi dada pelo juiz Tardelli Cerqueira BoaVentura. Conforme a determinação, o instrumento musical deve sair da posse de Nivaldo Amaro de Araújo, Nivaldo do Acordeon, para ir para as mãos de Renato Ianovich, conhecido como Renato Cigano.
Renato Cigano em pose da sua sanfona na praça Nova do Congresso Foto: Reprodução Rede Sociais
A disputa entre os sanfoneiros começou quando Renato Cigano foi até a delegacia de Senhor do Bonfim para reivindicar a posse do instrumento. Ele teve a sanfona roubada há cinco anos e depois de ver a sanfona de Nivaldo nas redes sociais, achou que era a mesma que foi roubada. Ele então saiu de São Paulo, onde morava, e foi até a delegacia de Senhor do Bonfim.
Decisão de quem deve ficar com a sanfona ocorreu na manhã desta terça-feira (3) — Foto: Reprodução / Redes Sociais
Em 2018, após a queixa, houve uma audiência para saber quem deveria ficar com a posse da sanfona. Na ocasião, o magistrado Teomar Almeida de Oliveira disse que decidiu que o instrumento deveria ficar com Nivaldo, pois ele apresentou um documento provando a compra da sanfona (relembre aqui).
Na época, a história ficou bem conhecida também porque o juiz usou versos da canção “Sanfona do Povo”, de Luiz Gonzaga, para proferir a sentença. Ele explicou que usou os versos porque é filho de agricultores e gostaria de lembrar a origem humilde.
Com a decisão desta terça, o instrumento deve ser devolvido o mais breve para Renato. Além disso, Nivaldo foi condenado a 1 mês e 15 dias de prisão. Mas, como a pena é muito pequena, será revertida em serviços para a comunidade
Por G1 BA
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